Justiça baiana revoga prisões de rifeiro, influenciador digital e outros 25 investigados por lavagem de dinheiro através de sorteios ilegais
Nanan Premiações e Ramhon Dias seguem presos após revogações na 'Falsas Promessas' A Justiça da Bahia revogou na quarta-feira (13), os mandados de prisõe...

Nanan Premiações e Ramhon Dias seguem presos após revogações na 'Falsas Promessas' A Justiça da Bahia revogou na quarta-feira (13), os mandados de prisões determinados em 2024, contra o rifeiro José Roberto Santos, mais conhecido como Nanan Premiações, e do influenciador digital Ramhon Dias, e outros 25 suspeitos de lavar dinheiro para o tráfico de drogas, por meio de sorteios ilegais. No entanto, a dupla segue presa porque responde a um processo de 2025. Eles foram presos no dia 9 de abril, quando foi deflagrada a Operação Falsas Promessas 2 na Bahia. (Relembre operação ao final da reportagem) José Roberto Santos, conhecido como Nanan Premiações, e Ramhon Dias são investigados por integrar organização criminosa que movimentou R$ 500 milhões através dos falsos sorteios Reprodução/Redes Sociais (CORREÇÃO: O g1 errou ao informar que a Justiça tinha mandado soltar os 27 suspeitos. Na verdade, o que foi revogado foi o pedido de prisão relacionado ao processo de 2024. Os investigados continuam presos porque respondem a outro processo, que ainda está em andamento. A informação foi corrigida 11h15 desta sexta-feira, 15 de agosto de 2025). No mês seguinte, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou 37 suspeitos de envolvimento com exploração de rifas ilegais à Justiça. Além de Nanan e Ramhon, entre os denunciados, estão o policial militar Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, e o influenciador digital Franklin Reis, também presos na segunda fase da operação. Em maio, Alexandre Tchaca e Franklin tiveram as prisões preventivas substituídas por medidas cautelares. Além de Nanan, Gabriela e Ramhon, outras 25 pessoas tiveram as prisões referentes aos processo de 2024 revogadas pela Justiça na quarta-feira. São elas: Victor da Silva Moreira Paulo Daiane Conceição da Silva Pinho Igor Carneiro Correia Elaine Marcia Nascimento Santos Marcos David Nascimento Círio José Lourenço Paulo César Carvalho Nascimento Gabriel de Amorim Fonseca Emanuele de Castro Souza Neide Naura Cedro de Souza Julierme Inácio dos Santos Michael Ribeiro da Silva Marcelo Rodrigues Azevedo Wanderson David de Oliveira Washington Luiz Pereira Netto Daniel Alves da Silva Josemário Aparecido Santos Lins David Mascarenhas Alves de Santana João Nilton Lima Laurentino Jefferson Pereira Da Silva Jamile Nunes Santana Jorge Vinícius de Souza Santana Piano Joabe Vilas Boas Bonfim Flávio Andrade de Azevedo Adílson Prazeres Barbosa O g1 tenta localizar as defesas de José Roberto Santos, Gabriela da Silva Vale e Ramhon Dias. Denúncia do MP-BA Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público por crimes como formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar. A denúncia foi divulgada pelo órgão no dia 9 de maio, na mesma semana em que alguns suspeitos tiveram as prisões substituídas por medidas cautelares. Os envolvidos foram presos um mês antes, quando foi deflagrada a Operação Falsas Promessas 2 na Bahia. Conforme as investigações, o grupo usava as redes sociais para divulgar rifas de alto valor, com resultados manipulados para beneficiar os integrantes da organização criminosa. Os crimes eram praticadas por múltiplos núcleos organizados que agiam de forma interconectada. Policiais, rifeiros e influenciadores: 37 suspeitos de envolvimento com rifas ilegais são denunciados à Justiça pelo MP-BA Os chefes da organização criminosa foram apontados como: José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como "Nanan" e dono do perfil "Nanan premiações", onde divulgava rifas; o influenciador digital Ramhon Dias de Jesus Vaz; Josemário Aparecido Santos Lins. Além deles, o influenciador digital Franklin Reis e o policial conhecido como Tchaca aparecem na denúncia do MP-BA. A esposa de Nanan, apontado como um dos chefes da organização criminosa, também foi denunciada. Como funcionava o esquema Arte mostra como funcionava esquema de grupo criminoso preso na Bahia Segundo a Polícia Civil, com forte presença em Salvador e RMS, São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré, o grupo operava por meio de uma estrutura sofisticada de transações financeiras, usando empresas de fachada e pessoas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente. Policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas. O grupo usava redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como veículos de luxo, e atraía grande número de participantes. No entanto, os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, a fim de legitimar o esquema e ampliar os lucros. Segundo as investigações, o grupo criminoso movimentou R$ 680 milhões. Durante a Operação Falsas Promessas 2, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks. A Justiça autorizou o sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, somando um bloqueio total de mais de R$ 600 milhões em bens e valores. Após cerca de um mês presos, as prisões do policial Alexandre Tchaca e do influenciador Franklin Reis tiveram as prisões substituídas por medidas cautelares. Eles foram liberados e usam tornozeleira eletrônica. 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